EDITORIAL DO X DA QUESTÃO – DIA 20/09/22
Existem coisas que de fato são difíceis de mudar, uma delas é a prática coronelista e antiga de se fazer política, principalmente aqui nos rincões do interior do país.
Muito se fala em renovação. Muito se fala em ‘sangue novo’ na política, em que os jovens devem assumir a política para acabar em definitivo com a maneira velha e arcaica de se fazer política, mas, infelizmente não se vê isso, e se acontece, é tão pouco que se perde no oceano do continuísmo político do país.
Vejamos aqui mesmo, aqui nosso terreiro.
Vamos analisar e tenham certeza esta análise vale para o país inteiro, o que é lamentável.
Observem a nossa prefeita: jovem, e embora de família tradicionalmente política, criada em outros ambientes, formada, conhecedora de outros mundos que não sejam apenas este sertão, considerado por muitos como atrasado.
Pois bem, vejamos. Ele, nossa prefeita chegou ao poder e logo, o que se espera: uma renovação. Uma maneira diferente de fazer política, mas o que vemos: o mesmo de sempre. Apenas agora em nova roupagem.
É aquilo que disse o velho político, as vezes o velho está embrulhado em um papel novo. É exatamente isso: o velho em nova embalagem, mas seu conteúdo é antigo, arcaico… atrasado.
Em uma entrevista em uma rádio local, a foto está nas redes sociais, a prefeita pousou para foto com nada menos de 20 pessoas… ou seja, ao todo 21 pessoas estavam no estúdio da rádio para acompanhar a prefeita … para ouvir sua entrevista… ouvir o que escutam todo dia diretamente com ela, mas estavam lá, marcando presença, batendo o ponto para fazer jus as benesses que recebem.
E tem que ser, até porque, a falta será anotada… a prefeita, jovem, usará do expediente dos antigos políticos e vai punir aquele que não estiver marcando presença… aplaudindo… afinal, ganham pra quê, não é mesmo?
Ficamos até preocupados que o piso do estúdio da rádio, que fica num primeiro andar não cedesse.
É assim que atuam os políticos… tal qual seus ancestrais, que adoravam serem bajulados.
Vimos isso aqui quando vez por outra entrevistamos um político, e temos muito trabalho, é até constrangedor limitar o número de pessoas dentro do estúdio… mas fazemos isso sim.
Mas não é apenas isso que queremos comentar. Este é só um exemplo da continuação da prática antiga da política. A política do toma lá dá cá. Do fisiologismo, do uso da máquina para empregar pessoas, apenas em troca de apoio, em troca do ‘papai ou mamãe chegou’, e nunca do trabalho, do produzir em prol da comunidade.
Como seria salutar algum destes políticos, e agora não queremos juventude física, mas juventude ideológica, viesse quebrar esta corrente danosa, que em nada contribui, a não ser para nos manter no atraso?
É lamentável ver pessoas jovens, como os da foto que circula nas redes sociais, essa que citamos, embarcando na mesma prática da velha política,
Depois não venham aparecer com rótulo de novo, o produto interno já está vencido, e até onde sabemos, produto vencido pode fazer muito mal.